quarta-feira, 30 de julho de 2008

Surpresa...


ஜॐ♥ C ♥ॐஜ





Olhos vendados.
A última coisa que ela vira tinha sido o carro dele.
Por que a venda? Ele não disse nada. Ela podia sentir o hálito dele bem perto. Percebia que ele sorria. Ele sabia que ela estava ansiosa... ansiedade só dava um gostinho a mais.
Depois de rodarem um tempo o carro parou. Se já não se conhecessem a um certo tempo ela ficaria preocupada. Mas estava bem, ansiosamente bem.
O que ele quis dizer no telefonema mais cedo com “vamos fazer algo diferente”?
Ouviu a porta do carro abrir e sentiu a mão dele lhe dando apoio pra sair do carro.
Uma brisa soprava calmamente, podia ouvir o barulho das folhas. Onde estavam?
O cheiro da grama úmida chegou até ela. Eles não foram tão longe assim.
— Onde estamos?
Ele nada disse.
Levou-a pelo braço. Parece que as árvores ficavam mais próximas. Andaram um pouco, até ela sentir-se posta contra algo. Uma árvore. Suas costas sentiam o toque áspero da madeira, principalmente porque ele chegou-se bem próximo a ela, pressionando-a contra o caule da árvore.
— Lembra quando brincávamos que estávamos transando no parque, entre as árvores?
— Lembro — ela disse entre um riso nervoso — Você não teria coragem, teria?
Antes de completar a frase sentiu a mão dele subindo por suas coxas. Subindo o vestido. Fazendo sua pele arrepiar.
— E se eu tiver coragem? Sussurrou ele ao seu ouvido.
As mãos dele já puxavam sua calcinha. Não era hora de delicadezas. Ele sentia-se feroz, ela sentia tesão. Tentou resistir, não esperava aquilo. Mas os dedos dele já invadiam seu corpo. A boca mordia sua orelha. O hálito quente a fazia estremecer.
Ele fazia agora movimentos intensos, ela gemia baixinho. Ele beijava seu pescoço.
O tesão era crescente, ela já não sabia o que fazer. Suas pernas procuravam apoio nas pernas dele. O peso do corpo de ambos a fazia sentir cada vinco da árvore. Mas já nem incomodava. Ela não sentia mais nada além de prazer. O susto, a surpresa, a impetuosidade do ato.
— Goza pra mim, goza? Assim... sabendo que podem nos pegar a qualquer momento.
Aquela frase caiu como uma bomba. O medo, o prazer. As mãos dele abrindo seu sexo e incansáveis a faziam gemer e se contorcer. A sua boca seca buscava saciar-se... sede de um beijo.
Sentiu ele deslizando devagar. Descendo. O alívio nas costas já nem era percebido. Não saia do lugar. Ele tirou a sua calcinha e ela pode sentir sua língua úmida subindo devagar por suas pernas. Um arrepio tomou conta da espinha. O toque molhado da língua a fazia estremecer. Ele brincava pelas virilhas dela, como se provasse um doce. Ela não ousava mover-se. Ansiava pelo toque molhado da língua dele.
O momento. O toque molhado e aveludado. A língua brincando. Subia e descia. A fome. Ele sugava e lambia, como se faz a uma fruta suculenta, e igualmente o mel escorria lentamente, deixando a marca no seu rosto.
Segurava-a com força, puxando-a pra si. Ela buscava um equilíbrio qualquer, mas não queria sair daquele lugar de forma alguma.
Sentiu seus dentes roçarem no seu sexo, sentiu a mordida suave mas de poder devastador. Chegou ao seu limite. Já não agüentava mais segurar-se. Já não agüentava mais sussurrar. Perdeu o controle.
Gozou entre gemidos fortes. Gozou sentindo a boca do seu homem grudada no seu sexo. Sentiu derramar-se diretamente na sua língua. Sentiu-o bebendo seu gozo.
Firmou-se na árvore. Agora um bom apoio. Já não sentia-se segura nas próprias pernas.
Ele tirou a venda. Eles estavam no meio de um bosque... reconheceu o lugar. Já haviam estado ali. Caminhando. Agora estava escuro.Sentiu o beijo molhado e salgado. Seu homem cheirava a gozo e tinha seu gosto. Nada tão perfeito.
Ele sorrindo pergunta se não era hora de terminarem aquilo um pouco mais confortáveis.
Ela ri e o beija novamente.