ஜॐ♥ C ♥ॐஜ
Dia cheio. Reuniões que começavam e acabavam e uma vontade de louca de que o dia logo terminasse.
Um belo dia de aniversário. Tomara café na rua. Almoçara em uma restaurante perto do escritório e o jantar seria no hotel, possivelmente. "Belo dia de aniversário".
Viajara dias antes. Negócios. Quem teria tempo pra festejar? Mas, fazendo justiça, já não se comemora a velhice depois dos 40.
Estava acostumado a passar os aniversários em casa, com a família, nem que fosse à noite. Novas funções, novas responsabilidades, viagens... já era o que era "antes".
Olhou-se no espelho do banheiro do escritório. Até não estava tão mal assim... Cansado. Estava longe da sua cidade, da sua casa. Era normal sentir-se cansado. Mas certamente merecia um dia melhorzinho no aniversário. Nem que fosse uma noite mais agradável. Riu das esperaças infantis. Se fora criança, quem sabe um dia de super-herói... Mas na sua idade as aventuras são outras... Bem outras! Riu novamente.
Enfim terminou o dia. Ligar pra casa, agradecer as mensagens e dizer da saudade. Jantar num restaurante agradável... mesmo sozinho, é ainda um aniversário. Fazer-se um mimo. Planos!
Foi para o hotel. Banho. Um amigo tinha lhe dado a indicação de um restaurante legal, ali por perto. Era um lugar agradável.
Não era tão longe. Foi para o bar, esperava uma mesa. Enquanto estava perdido entre seus pensamentos e um copo de whisky um perfume suave tomou conta da sua narina e da sua mente.
Um perfume agradável, Não era forte. Aliás, era de uma suavidade inebriante. Acompanhou a fragrância instintivamente e deparou-se com uma mulher que passava exatamente naquele instante às suas costas.
Na virada brusca o choque. Nem notara que estava com o copo na mão. Um desastre. Whisky misturado ao vinho que a moça morena carregava. Camisas molhadas... A sua própria e a da moça que agora, diante dele, encarava o resultado do encontrão com um misto de olhos arregalados de um riso bobo de surpresa.
"Ótima forma de terminar um dia de aniversário desastroso", disse ela de si para si mesma sem se aperceber ainda da presença dele.
Agora ele abriu o olhos diante da frase. Como ela sabia ser o seu aniversário?
"Desculpe? Não foi intencional", ele tentou.
"Sem problemas, o dia não foi lá grande coisa. A noite não seria diferente."
"Eu que o diga! Afinal o aniversário é meu."
Olhos surpresos. "Tá brincando?", ela emendou. "Dois aniversariantes desastrados e com um dia daqueles? Isso sim é coincidência digna de comemoração." Risos de ambos.
"Posso ao menos tentar compensar o desastre que causei com outra taça de vinho?"
Ela aceitou. Apresentaram-se informalmente enquanto ela sentava-se ao seu lado no bar.
Falaram um pouco daquela coincidência enquanto esperavam a bebida de ambos.
"E aí", ela começou, "Dia de aniversário ruim? Brigou com o chefe ou com a "chefa"? Risos de ambos.
"Longe de casa... Viagem de trabalho, reuniões chatas o dia todos. Essas coisas".
"É, não é tão agradável como quando se está em casa."
"E você? O namorado esqueceu das flores?" Riso bobo, de quem queria mais uma informação subliminar do que a que foi realmente perguntada.
"Na verdade, uma debandada geral." Ela respondeu sem olhar diretamente pra ele. "Aniversário no meio da semana dá nisso". E então, olhando pra ele, completa: "Família em outra cidade, Namorado viajando e amigos trabalhando. Muitos torpedos, alguns e-mails e uma noite de jantar pra uma só!" ela riu sem graça, como se admitir o estar sozinha fosse algo constrangedor.
"Pois é... Ao menos você tá em casa."
Ambos riram da autopiedade infantil dele.
"Poderíamos aproveitar a "fatalidade" e jantarmos juntos, que tal"?
Ela pareceu um pouco sem graça. Eram completos estranhos... mas o destino os uniu no dia do aniversário. "Porque não?! Já aconteceu mesmo de tudo hoje.", respondeu com um sorriso meio sem graça.
Na mesa, pediram, conversaram, riram. A situação era estranha, coisa de filme, mas não podiam pensar que era uma bóia salva-vidas para um dia que deveria ser especial para ambos.
Enquanto conversavam ele não conseguia parar de pensar em como ela era interessante. Era uma mulher bonita, nada de extraordinário. Calça jeans, camiseta branca - agora manchada de vinho/whisky, cabelos castanhos soltos, mas que deixavam ver seu rosto moreno, olhos vivos, boca marcada por um batom rosado. Tudo isso acompanhado por aquele perfume maravilhosamente suave que de vez em quando o deixava num instantâneo transe. Ela era "desejável", sim, talvez a palavra fosse "desejável". Cruzaram o olhar. Alguns segundos. Um riso meio cúmplice. Uma falta do que dizer. Uma situação estranha.
Ela pediu licença e levantou-se para ir ao toalete e enquanto ela caminhava ela não se acanhou e não privou-se de olhá-la, sutilmente, enquanto ela caminhava. Ela tinha um rebolado delicado que faziam a calça jeans preta dançar delicadamente junto com seu corpo e mostrava curvas suaves. Nada de mais, nenhuma Top. Um corpo de mulher... de mulher de verdade. Riu de si para si mesmo. Talvez fosse coisa da idade... ficando mais velho e mais bobo. Onde já se viu ficar olhando pra uma desconhecida. Mas que era uma tentação, era.
Ela voltou, sentou e num ímpeto pegou-o olhando para ela. Baixou o olhar, mas com um sorriso muito maroto de quem pega uma criança num 'mal-feito'. Ele ficou extremamente sem graça. O que a moça iria pensar. Que infantilidade. Riu.
A partir daí encontravam os olhares sempre fugidios. As mãos pareciam não ter lugar, algo estava acontecendo. Aquele perfume mexera em algo nele e os olhos dele pareciam transmitir algum tipo de mensagem imperceptível aos demais mas que era captados por ela.
Conversaram ainda mais um pouco e finalmente o relógio pareceu chamar a atenção de ambos. Uma pena. Nenhum dos dois queria sair dali, já que aquele jantar tinha sido a redenção de seu dia de aniversário.
Concordaram que era hora de ir. Ela comentou algo sobre pegar um taxi e ele de imediato ofereceu carona. Ela estagnou por um momento, como se ponderasse sobre aquela situação toda. Sobre o que significaria aquilo tudo. Decidiu-se por aceitar.
Fizeram o percurso até o carro em um silêncio que parecia conter partículas imensas de suposições, vontades, incertezas, medo... Mas principalmente, uma centelha de desafio. A surpresa, o momento, a noite inteira fora uma surpresa inusitada. E será que terminaria ali?
Durante o caminho ela foi explicando a ele o caminho e questionando se ele saberia voltar. Embora ela não morasse tão distante assim, ele não era da cidade. E à medida que iam, parecia que não queriam ir. Um momento. Um semáforo... Apenas segundos. Olhos nos olhos. "Ah! Dane-se!", parece que pensaram os dois simultaneamente.
"Me leva pro seu hotel?", ela perguntou de uma vez, sem parar pra pensar.
Ele nem respondeu... Olhou-a como se ela tivesse lido seus pensamentos e procurou o retorno mais próximo. Haviam decido antes mesmo de pegarem o carro, sabiam disso.
Era estranho. Era loucura. Era a coisa mais arriscada que ambos já tinham feito até ali... Estava sendo.
Ele estacionou o carro, e como quem precisa ter certeza que aquilo era mesmo real, puxou-a para mais perto alcançando-lhe a boca. Beijo-a com vigor. Não sabia ao certo o que fazer, mas queria. O perfume dela parecia mais presente, mais hipnotizante. Ela foi recíproca no beijo. E ficaram ali um pouco de tempo. Olharam-se. Estavam certos que queriam fazer isso. Subiram para o apartamento.
Ele fechou a porta atrás de si, e desejou esquecer tudo o que havia do lado de fora daquele quarto. Não queria lembrar de nada nem de ninguém nesse momento, a não ser deslumbrar a mulher que estava diante de si. Junto com a porta, fechou a todos do lado de fora... os medos, as frustrações do dia, os pesos da idade. Agora queria viver o seu momento.
Ela trazia nos olhos a excitação do momento e um tremor que arrepiava a pele. Ele a tocou com cuidado. Ele queria ser cuidadoso, queria prová-la... Queria abri-la como a um presente. Seu presente. Pensou na ironia, um era o presente do outro. Mereciam uma ótima festa de aniversário... A melhor!
Deitou-a delicadamente na cama. Beijou-lhe a boca. Tocou seu rosto. Sugou-lhe a língua lenta e vigorosamente. Era um desejo crescente. Rolaram na cama, conhecendo-se vagarosamente... e a penumbra da luz os envolveu, juntamente com os lençóis macios, que eles sentiam enquanto ele a despia...
E Ele a despiu com uma mistura de delicadeza e fome. O único pensamento que lhe habitava agora era aquele desejo maciço de tê-la. Fazê-la sua e senti-la por inteiro.
Tocou-lhe os olhos, a boca... Fazendo pequenos círculos com os dedos. Segurou-lhes os seios e sugo-lhes o perfume. Sim, o perfume que iniciara essa louca aventura. Sentia mamilos intumescidos em suas mãos... Apertava-os mais. Um misto de desejo e uma vontade louca de ouvir aquela doce mulher gemer. Estava ficando inundado de um desejo intenso e a cada vez que o corpo dela se contorcia, a cada gemido a cada novo toque ele descobria uma nova forma de fazê-la gemer e isso o excitava. Queria desvendar aquela mulher. Sugou seus seios e deixou seu próprio corpo roçar no dela. Beijou-lhe o ventre, segurou seu sexo com as duas mãos, como quem descobre um pequeno tesouro. Sim, era o que ele queria. Aquele pequeno prazer de tocá-la intimamente. Buscou-lhe então a boca e beijo-a. Seus dedos desceram até a sua vagina e penetraram. Sentiu-a gemer e estremecer. Não largou-a. Sugou-lhe a língua e repetia os movimentos com os dedos sentindo o quanto ela gostava e contorcia-se.
Isso lhe dava mais prazer. Fez isso até senti-la louca, gostosa, cheia de um tesão que lhe deixava louco. Pois como homem nada poderia lhe dar mais prazer que a loucura e o tesão da sua mulher... sim sua. Naquele momento inteiramente sua. Sentia ela transformar-se... Sentia surgir uma mulher decidida a ter todo o prazer naquela noite.
Ele a deixou relaxar num beijo, mas ela não se cansara... não queria parar e também queria que ele tivesse a real certeza que eram um presente um para o outro.
Ela sentou-se em seu colo, encaixando-se nele, sem no entando deixar que ele a penetrasse. Ali, no meio da cama deixou seu pênis roçar-lhe o clitóres e em movimentos lentos tomou-o em sua mão e começou a masturbá-lo em movimentos firmes e constantes. Apertava-o entre sua mão e seu sexo. Sentia o quanto aquilo o excitava-o e excitava a ela também, de uma forma indescritível. O roçar da pele, dos pelos. A voz dele dizendo o quanto seu grelinho era gostoso, a sua respiração descompassada. Fechou os olhos e deixou-se levar pelo movimento. Sentia-o respirar ofegante e nenhum dos dois queria sair daquela dança eroticamente deliciosa.
Ela parou e olhou-o de uma forma que ele não sabia descrever entre o "tarada" e "safada". Ela arrumou-se na cama e desceu lentamente o rosto até encostar a boca no seu pau. Não havia mais pudores. O tesão daquele momento se apoderara de tudo. Ela chupou-o até senti-lo gemer. Dando mordidas em torno do seu pau, lambendo e tornando a fazê-lo gemer em cada mordida. Ele aproveitou aquela posição que ela estava e voltou a masturbá-la, agora segura seu grelinho com os dedos. Apertava-o só pra senti-la chupar mais intensamente. Ele sentia-se um puto... erótico... safado. Entraram num transe erótico intenso. Ele a sentia completamente úmida em sua mão e ela sentia-o pulsar na sua boca. E quando ele estava prestes a não suportar mais a vontade de gozar e encher a sua boca de sua porra, ela parou. Ele a xingou, puxou pelos cabelos, transtornado de um prazer crescente. Ela riu com aquele sorriso safado, o mesmo do restaurante. Agora ela era a menina travessa.
De quatro, engatinhando pra ele, ela sussurrou bem lentamente a pergunta mais excitante pra ele: "O que mais você quer?".
Ele não resistiu e xingou-a. Pegou-a pelos cabelos e deitou-a na cama. Abriu as pernas daquela mulher que mais merecia ser chamada de "putinha" e outros nomes feios e deliciosos. E com aquele ímpeto a chupou. Lambia e sugava o seu mel. Beijava e a fodia com a língua. Meteu, chupou, sugou, lambeu. Deu pequenas mordinhas no grelo, tudo o que faziam aquela mulher gemer e gritar. Prendeu-a com suas mãos. forçava sua pernas a abrirem-se mais. Não era mais o homem gentil do jantar. Havia agora um bicho... guloso e louco. Ele a sentiu gozando dentro da sua boca e isso o encheou de prazer. Um prazer tão bom quando o de uma gozada.
Pôs-se por sobre o corpo daquela mulher em agonia de gozo e penetrou-a até sentir que não havia mais pra onde ir. Sentia as unhas dela marca-lhe as costas. Não se importava, queria invadi-la e o fez. Beijou a sua boca e abafou os gritos de gozo. Socou todo o seu pau naquela bucetinha tenra. Senti-se fora de si. Mordia o pescoço dela, enquanto estava num balanço sensual e erótico do coito. Os dentes dela o marcavam, mas ele já não sentia. Tinha que fazer força pra não gozar... não ia parar ali.
Chegou a boca ao seu ouvido e sussurrou o que aquela mulher em deliciosa agonia parecia esperar. "Você vai ficar de quatro pra mim, sua puta... agora. Vou fuder você até não aguentar mais."
Ela já não raciocinava na loucura desse momento, mas estava entregue, pronta para qualquer coisa.
Ele a pôs de quatro, como prometera. Deu palmadas que a fizeram gemer. Ele deslumbrava sua arte. a pele avermelhada daquela bundinha que se oferecia pra ele. Segurou-a com uma força moderada e fez-se sentir dentro dela. Havia uma mistura de suor, gozo e loucura. Ali, como animais no cio, ambos esqueciam seja lá o que fosse e tornavam-se bichos sedentos de gozo. Ele segurava-lhe os peitos... tocava sua buceta, masturbava o seu grelo e metia, cada vez mais forte, cada vez mais fundo. Ele estava determinado a sentir toda a profundidade daquela buceta. E assim, entre gemidos loucos e gritos de prazer gozaram. Ambos. Uma fração de segundo em que o mundo parou de girar, até de existir. Uma pequena morte, liquefeita e intensa. Gozaram e gozaram e gozaram.
Até cairem sobre a cama, exaustos.
Ele a puxou de volta para si. Beijou-lhe a boca e sugou o perfume do seu hálito, do seu corpo. Agora não era mais o perfume suave que sentira. Agora era uma mistura de cio, suor e pele... e gozo. Porra espalhada por eles. Seu cheiro misturado ao dela, a sua doce quase estranha que liberara dele o animal mais louco por sexo que ele já conhecera... ou desconhecera.
Deitaram-se... O dia já raiava por trás das cortinas e das janelas. Sentiam-se sem forças. Deixaram-se ficar. Dormiram.
Ao acordar ele ainda sentia o gosto dela na boca. Seus dedos tinham o mesmo aroma do seu sexo. Seu próprio sexo trazia as marcas de tanta intensidade naquelas horas loucas. Só não havia sinal dela. Da sua doce quase desconhecida aventura.
O lugar vazio, em meio a desarrumação do todo o movimento da madrugada de prazer.
Um bilhete, apenas um bilhete depunha a favor dos seus sentidos: "Você foi o meu melhor presente de aniversário. Um beijo."
Ele não estava louco. Fizera mesmo tudo aquilo. Sentia-se cansado, deliciosamente cansado. O que ela fizera? Saira cedinho e ele nem tinha conseguido acordar? Pedira um taxi? é certo que sim. Fora-se.
Sem um telefone, sem um sobrenome... só ficara pra trás a lembrança daquele perfume, o sabor daquela mulher e as marcas no seu corpo...
Agora era acordar e lembrar... finalmente não fora um aniversário tão ruim... na verdade, ela também fora o seu melhor presente de aniversário!
Um belo dia de aniversário. Tomara café na rua. Almoçara em uma restaurante perto do escritório e o jantar seria no hotel, possivelmente. "Belo dia de aniversário".
Viajara dias antes. Negócios. Quem teria tempo pra festejar? Mas, fazendo justiça, já não se comemora a velhice depois dos 40.
Estava acostumado a passar os aniversários em casa, com a família, nem que fosse à noite. Novas funções, novas responsabilidades, viagens... já era o que era "antes".
Olhou-se no espelho do banheiro do escritório. Até não estava tão mal assim... Cansado. Estava longe da sua cidade, da sua casa. Era normal sentir-se cansado. Mas certamente merecia um dia melhorzinho no aniversário. Nem que fosse uma noite mais agradável. Riu das esperaças infantis. Se fora criança, quem sabe um dia de super-herói... Mas na sua idade as aventuras são outras... Bem outras! Riu novamente.
Enfim terminou o dia. Ligar pra casa, agradecer as mensagens e dizer da saudade. Jantar num restaurante agradável... mesmo sozinho, é ainda um aniversário. Fazer-se um mimo. Planos!
Foi para o hotel. Banho. Um amigo tinha lhe dado a indicação de um restaurante legal, ali por perto. Era um lugar agradável.
Não era tão longe. Foi para o bar, esperava uma mesa. Enquanto estava perdido entre seus pensamentos e um copo de whisky um perfume suave tomou conta da sua narina e da sua mente.
Um perfume agradável, Não era forte. Aliás, era de uma suavidade inebriante. Acompanhou a fragrância instintivamente e deparou-se com uma mulher que passava exatamente naquele instante às suas costas.
Na virada brusca o choque. Nem notara que estava com o copo na mão. Um desastre. Whisky misturado ao vinho que a moça morena carregava. Camisas molhadas... A sua própria e a da moça que agora, diante dele, encarava o resultado do encontrão com um misto de olhos arregalados de um riso bobo de surpresa.
"Ótima forma de terminar um dia de aniversário desastroso", disse ela de si para si mesma sem se aperceber ainda da presença dele.
Agora ele abriu o olhos diante da frase. Como ela sabia ser o seu aniversário?
"Desculpe? Não foi intencional", ele tentou.
"Sem problemas, o dia não foi lá grande coisa. A noite não seria diferente."
"Eu que o diga! Afinal o aniversário é meu."
Olhos surpresos. "Tá brincando?", ela emendou. "Dois aniversariantes desastrados e com um dia daqueles? Isso sim é coincidência digna de comemoração." Risos de ambos.
"Posso ao menos tentar compensar o desastre que causei com outra taça de vinho?"
Ela aceitou. Apresentaram-se informalmente enquanto ela sentava-se ao seu lado no bar.
Falaram um pouco daquela coincidência enquanto esperavam a bebida de ambos.
"E aí", ela começou, "Dia de aniversário ruim? Brigou com o chefe ou com a "chefa"? Risos de ambos.
"Longe de casa... Viagem de trabalho, reuniões chatas o dia todos. Essas coisas".
"É, não é tão agradável como quando se está em casa."
"E você? O namorado esqueceu das flores?" Riso bobo, de quem queria mais uma informação subliminar do que a que foi realmente perguntada.
"Na verdade, uma debandada geral." Ela respondeu sem olhar diretamente pra ele. "Aniversário no meio da semana dá nisso". E então, olhando pra ele, completa: "Família em outra cidade, Namorado viajando e amigos trabalhando. Muitos torpedos, alguns e-mails e uma noite de jantar pra uma só!" ela riu sem graça, como se admitir o estar sozinha fosse algo constrangedor.
"Pois é... Ao menos você tá em casa."
Ambos riram da autopiedade infantil dele.
"Poderíamos aproveitar a "fatalidade" e jantarmos juntos, que tal"?
Ela pareceu um pouco sem graça. Eram completos estranhos... mas o destino os uniu no dia do aniversário. "Porque não?! Já aconteceu mesmo de tudo hoje.", respondeu com um sorriso meio sem graça.
Na mesa, pediram, conversaram, riram. A situação era estranha, coisa de filme, mas não podiam pensar que era uma bóia salva-vidas para um dia que deveria ser especial para ambos.
Enquanto conversavam ele não conseguia parar de pensar em como ela era interessante. Era uma mulher bonita, nada de extraordinário. Calça jeans, camiseta branca - agora manchada de vinho/whisky, cabelos castanhos soltos, mas que deixavam ver seu rosto moreno, olhos vivos, boca marcada por um batom rosado. Tudo isso acompanhado por aquele perfume maravilhosamente suave que de vez em quando o deixava num instantâneo transe. Ela era "desejável", sim, talvez a palavra fosse "desejável". Cruzaram o olhar. Alguns segundos. Um riso meio cúmplice. Uma falta do que dizer. Uma situação estranha.
Ela pediu licença e levantou-se para ir ao toalete e enquanto ela caminhava ela não se acanhou e não privou-se de olhá-la, sutilmente, enquanto ela caminhava. Ela tinha um rebolado delicado que faziam a calça jeans preta dançar delicadamente junto com seu corpo e mostrava curvas suaves. Nada de mais, nenhuma Top. Um corpo de mulher... de mulher de verdade. Riu de si para si mesmo. Talvez fosse coisa da idade... ficando mais velho e mais bobo. Onde já se viu ficar olhando pra uma desconhecida. Mas que era uma tentação, era.
Ela voltou, sentou e num ímpeto pegou-o olhando para ela. Baixou o olhar, mas com um sorriso muito maroto de quem pega uma criança num 'mal-feito'. Ele ficou extremamente sem graça. O que a moça iria pensar. Que infantilidade. Riu.
A partir daí encontravam os olhares sempre fugidios. As mãos pareciam não ter lugar, algo estava acontecendo. Aquele perfume mexera em algo nele e os olhos dele pareciam transmitir algum tipo de mensagem imperceptível aos demais mas que era captados por ela.
Conversaram ainda mais um pouco e finalmente o relógio pareceu chamar a atenção de ambos. Uma pena. Nenhum dos dois queria sair dali, já que aquele jantar tinha sido a redenção de seu dia de aniversário.
Concordaram que era hora de ir. Ela comentou algo sobre pegar um taxi e ele de imediato ofereceu carona. Ela estagnou por um momento, como se ponderasse sobre aquela situação toda. Sobre o que significaria aquilo tudo. Decidiu-se por aceitar.
Fizeram o percurso até o carro em um silêncio que parecia conter partículas imensas de suposições, vontades, incertezas, medo... Mas principalmente, uma centelha de desafio. A surpresa, o momento, a noite inteira fora uma surpresa inusitada. E será que terminaria ali?
Durante o caminho ela foi explicando a ele o caminho e questionando se ele saberia voltar. Embora ela não morasse tão distante assim, ele não era da cidade. E à medida que iam, parecia que não queriam ir. Um momento. Um semáforo... Apenas segundos. Olhos nos olhos. "Ah! Dane-se!", parece que pensaram os dois simultaneamente.
"Me leva pro seu hotel?", ela perguntou de uma vez, sem parar pra pensar.
Ele nem respondeu... Olhou-a como se ela tivesse lido seus pensamentos e procurou o retorno mais próximo. Haviam decido antes mesmo de pegarem o carro, sabiam disso.
Era estranho. Era loucura. Era a coisa mais arriscada que ambos já tinham feito até ali... Estava sendo.
Ele estacionou o carro, e como quem precisa ter certeza que aquilo era mesmo real, puxou-a para mais perto alcançando-lhe a boca. Beijo-a com vigor. Não sabia ao certo o que fazer, mas queria. O perfume dela parecia mais presente, mais hipnotizante. Ela foi recíproca no beijo. E ficaram ali um pouco de tempo. Olharam-se. Estavam certos que queriam fazer isso. Subiram para o apartamento.
Ele fechou a porta atrás de si, e desejou esquecer tudo o que havia do lado de fora daquele quarto. Não queria lembrar de nada nem de ninguém nesse momento, a não ser deslumbrar a mulher que estava diante de si. Junto com a porta, fechou a todos do lado de fora... os medos, as frustrações do dia, os pesos da idade. Agora queria viver o seu momento.
Ela trazia nos olhos a excitação do momento e um tremor que arrepiava a pele. Ele a tocou com cuidado. Ele queria ser cuidadoso, queria prová-la... Queria abri-la como a um presente. Seu presente. Pensou na ironia, um era o presente do outro. Mereciam uma ótima festa de aniversário... A melhor!
Deitou-a delicadamente na cama. Beijou-lhe a boca. Tocou seu rosto. Sugou-lhe a língua lenta e vigorosamente. Era um desejo crescente. Rolaram na cama, conhecendo-se vagarosamente... e a penumbra da luz os envolveu, juntamente com os lençóis macios, que eles sentiam enquanto ele a despia...
E Ele a despiu com uma mistura de delicadeza e fome. O único pensamento que lhe habitava agora era aquele desejo maciço de tê-la. Fazê-la sua e senti-la por inteiro.
Tocou-lhe os olhos, a boca... Fazendo pequenos círculos com os dedos. Segurou-lhes os seios e sugo-lhes o perfume. Sim, o perfume que iniciara essa louca aventura. Sentia mamilos intumescidos em suas mãos... Apertava-os mais. Um misto de desejo e uma vontade louca de ouvir aquela doce mulher gemer. Estava ficando inundado de um desejo intenso e a cada vez que o corpo dela se contorcia, a cada gemido a cada novo toque ele descobria uma nova forma de fazê-la gemer e isso o excitava. Queria desvendar aquela mulher. Sugou seus seios e deixou seu próprio corpo roçar no dela. Beijou-lhe o ventre, segurou seu sexo com as duas mãos, como quem descobre um pequeno tesouro. Sim, era o que ele queria. Aquele pequeno prazer de tocá-la intimamente. Buscou-lhe então a boca e beijo-a. Seus dedos desceram até a sua vagina e penetraram. Sentiu-a gemer e estremecer. Não largou-a. Sugou-lhe a língua e repetia os movimentos com os dedos sentindo o quanto ela gostava e contorcia-se.
Isso lhe dava mais prazer. Fez isso até senti-la louca, gostosa, cheia de um tesão que lhe deixava louco. Pois como homem nada poderia lhe dar mais prazer que a loucura e o tesão da sua mulher... sim sua. Naquele momento inteiramente sua. Sentia ela transformar-se... Sentia surgir uma mulher decidida a ter todo o prazer naquela noite.
Ele a deixou relaxar num beijo, mas ela não se cansara... não queria parar e também queria que ele tivesse a real certeza que eram um presente um para o outro.
Ela sentou-se em seu colo, encaixando-se nele, sem no entando deixar que ele a penetrasse. Ali, no meio da cama deixou seu pênis roçar-lhe o clitóres e em movimentos lentos tomou-o em sua mão e começou a masturbá-lo em movimentos firmes e constantes. Apertava-o entre sua mão e seu sexo. Sentia o quanto aquilo o excitava-o e excitava a ela também, de uma forma indescritível. O roçar da pele, dos pelos. A voz dele dizendo o quanto seu grelinho era gostoso, a sua respiração descompassada. Fechou os olhos e deixou-se levar pelo movimento. Sentia-o respirar ofegante e nenhum dos dois queria sair daquela dança eroticamente deliciosa.
Ela parou e olhou-o de uma forma que ele não sabia descrever entre o "tarada" e "safada". Ela arrumou-se na cama e desceu lentamente o rosto até encostar a boca no seu pau. Não havia mais pudores. O tesão daquele momento se apoderara de tudo. Ela chupou-o até senti-lo gemer. Dando mordidas em torno do seu pau, lambendo e tornando a fazê-lo gemer em cada mordida. Ele aproveitou aquela posição que ela estava e voltou a masturbá-la, agora segura seu grelinho com os dedos. Apertava-o só pra senti-la chupar mais intensamente. Ele sentia-se um puto... erótico... safado. Entraram num transe erótico intenso. Ele a sentia completamente úmida em sua mão e ela sentia-o pulsar na sua boca. E quando ele estava prestes a não suportar mais a vontade de gozar e encher a sua boca de sua porra, ela parou. Ele a xingou, puxou pelos cabelos, transtornado de um prazer crescente. Ela riu com aquele sorriso safado, o mesmo do restaurante. Agora ela era a menina travessa.
De quatro, engatinhando pra ele, ela sussurrou bem lentamente a pergunta mais excitante pra ele: "O que mais você quer?".
Ele não resistiu e xingou-a. Pegou-a pelos cabelos e deitou-a na cama. Abriu as pernas daquela mulher que mais merecia ser chamada de "putinha" e outros nomes feios e deliciosos. E com aquele ímpeto a chupou. Lambia e sugava o seu mel. Beijava e a fodia com a língua. Meteu, chupou, sugou, lambeu. Deu pequenas mordinhas no grelo, tudo o que faziam aquela mulher gemer e gritar. Prendeu-a com suas mãos. forçava sua pernas a abrirem-se mais. Não era mais o homem gentil do jantar. Havia agora um bicho... guloso e louco. Ele a sentiu gozando dentro da sua boca e isso o encheou de prazer. Um prazer tão bom quando o de uma gozada.
Pôs-se por sobre o corpo daquela mulher em agonia de gozo e penetrou-a até sentir que não havia mais pra onde ir. Sentia as unhas dela marca-lhe as costas. Não se importava, queria invadi-la e o fez. Beijou a sua boca e abafou os gritos de gozo. Socou todo o seu pau naquela bucetinha tenra. Senti-se fora de si. Mordia o pescoço dela, enquanto estava num balanço sensual e erótico do coito. Os dentes dela o marcavam, mas ele já não sentia. Tinha que fazer força pra não gozar... não ia parar ali.
Chegou a boca ao seu ouvido e sussurrou o que aquela mulher em deliciosa agonia parecia esperar. "Você vai ficar de quatro pra mim, sua puta... agora. Vou fuder você até não aguentar mais."
Ela já não raciocinava na loucura desse momento, mas estava entregue, pronta para qualquer coisa.
Ele a pôs de quatro, como prometera. Deu palmadas que a fizeram gemer. Ele deslumbrava sua arte. a pele avermelhada daquela bundinha que se oferecia pra ele. Segurou-a com uma força moderada e fez-se sentir dentro dela. Havia uma mistura de suor, gozo e loucura. Ali, como animais no cio, ambos esqueciam seja lá o que fosse e tornavam-se bichos sedentos de gozo. Ele segurava-lhe os peitos... tocava sua buceta, masturbava o seu grelo e metia, cada vez mais forte, cada vez mais fundo. Ele estava determinado a sentir toda a profundidade daquela buceta. E assim, entre gemidos loucos e gritos de prazer gozaram. Ambos. Uma fração de segundo em que o mundo parou de girar, até de existir. Uma pequena morte, liquefeita e intensa. Gozaram e gozaram e gozaram.
Até cairem sobre a cama, exaustos.
Ele a puxou de volta para si. Beijou-lhe a boca e sugou o perfume do seu hálito, do seu corpo. Agora não era mais o perfume suave que sentira. Agora era uma mistura de cio, suor e pele... e gozo. Porra espalhada por eles. Seu cheiro misturado ao dela, a sua doce quase estranha que liberara dele o animal mais louco por sexo que ele já conhecera... ou desconhecera.
Deitaram-se... O dia já raiava por trás das cortinas e das janelas. Sentiam-se sem forças. Deixaram-se ficar. Dormiram.
Ao acordar ele ainda sentia o gosto dela na boca. Seus dedos tinham o mesmo aroma do seu sexo. Seu próprio sexo trazia as marcas de tanta intensidade naquelas horas loucas. Só não havia sinal dela. Da sua doce quase desconhecida aventura.
O lugar vazio, em meio a desarrumação do todo o movimento da madrugada de prazer.
Um bilhete, apenas um bilhete depunha a favor dos seus sentidos: "Você foi o meu melhor presente de aniversário. Um beijo."
Ele não estava louco. Fizera mesmo tudo aquilo. Sentia-se cansado, deliciosamente cansado. O que ela fizera? Saira cedinho e ele nem tinha conseguido acordar? Pedira um taxi? é certo que sim. Fora-se.
Sem um telefone, sem um sobrenome... só ficara pra trás a lembrança daquele perfume, o sabor daquela mulher e as marcas no seu corpo...
Agora era acordar e lembrar... finalmente não fora um aniversário tão ruim... na verdade, ela também fora o seu melhor presente de aniversário!
Um presente a um doce Marquês... meu doce Marquês!